

O fato de o dinamarquês ser deprimido é um importante detalhe da sua filmografia; mesmo porque ele transpõe seus sentimentos. Suas obras têm um caráter denso, emocionalmente carregado. Seus conflitos e pessimismo com relação à natureza humana, que ele acredita estar perdida, são evidentes. Ao seguir esta premissa de forma bem contundente, o novo longa provocou as mais diversas reações! Houve aqueles que declaram asco e outros que se disseram fãs do trabalho. Ao jornalista mais ofendido, do inglês "Daily Mail", que exigia uma explicação do diretor sobre sua intenção com o filme, Von Trier disparou a frase do dia: "Eu trabalho para mim mesmo, não fiz este filme para você ou para o público, por isso não acho que deva explicar nada a ninguém". É ou não uma grande declaração? Porém, não para por aí! Ele se autodeclarou o "melhor diretor do mundo"! Isso mesmo, do mundo!
Acredito que as vaias, aplausos e sorrisos de nervoso provocados por "Anticristo" deram um novo tom para o festival. Em época de crise e predomínio de visões de mundo apocalípticas ao extremo, Von Trier deu um tapa na cara de todos (por publicidade ou não). A discussão está aberta, todos estão dispostos a se mostrar detratores ou defensores. Confesso que sou não costumo gostar deste tipo de filme - na maioria das vezes nem assisto, mas este eu vou ter que ver! Qualquer coisa fecho os olhos. Fiquem certos de que minhas impressões estarão registradas nesse mesmo canal, nesse mesmo horário. Estão abertas as discussões...
Grata, s'excuser pour l'excès de digression. E por favor apaguem a luz.
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