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Com açúcar, com afeto...

Preciso fazer meu primeiro post somente em primeira pessoa. Quero ter um contato mais íntimo com esse meu pequeno (ou não) projeto. Então lá vai.
Antes de fazer as coisas sempre me pergunto os motivos que tenho. Faço muitas ponderações para não me trair, não irromper em ambientes inóspitos e/ou vazios.

Primeira pergunta: Por que fazer um blog? Algumas das respostas possíveis são: exibicionismo, divulgação de atividade, falta do que fazer, gosto excessivo por modernidades, ou... não sei, algo tão subjetivo que eu não saberia explicar. Fiz uma auto-análise e acho que descobri a resposta mais adequada (ou pelo menos a minha predileta). O negócio é que eu gosto, busco e necessito da escrita. Por quê? Não sei. E creio que não escrevo um livro (ou algo mais elaborado) porque não tenho grana, sou preguiçosa e/ou não sou tão culta assim (sem falsa modéstia, é só a verdade). O blog surgiu-me como uma solução nesse emaranhado de frustrações. Gente, eu escrevia poesia e escondia no ensino fundamental... isso daqui já é um grande avanço. Ah, espera aí, agora tenho que refutar os motivos indesejáveis. Exibicionismo - isso não é mesmo, e penso que quem me conhece sabe que não sou do tipo exibicionista... sou insuportavelmente tímida, principalmente em relação aos meus textos. Mas gosto deles, só quero descobrir um dia, se realmente eu sei escrever. Além da minha sincera dúvida sobre a efetiva leitura desses textos... será que quem entra lê? Será que alguém entra? (risos) Como me exibiria então? Seria uma exibição para si próprio... Divulgação de atividade - Não acho o blog um meio credível o suficiente para servir como uma boa plataforma de profissionalismo. É sério. Podem até não concordar comigo, mas acredito que seja algo feito para que aqueles que gostam demais de escrever não explodam de textos guardados no coração, na cabeça e na gaveta. Pelo menos o meu tem essa função (no entanto, se alguém gostar e quiser me dar um emprego, não vou me incomodar). Ultimamente realizei a leitura de alguns blogs (inclusive o de um cara que é uma comédia, sei que opinião é algo extremamente pessoal, mas trabalhar argumentativamente com uma pretensa qualidade revolucionária do humor em "Não é Mais Um Besteirol Americano" é como comparar os talentos cômicos de Chaplin e Didi e isso para mim é inconcebível, que me perdoe que gosta do Didi ou de escatologia). Essa vasta leitura "bloguística" me fez observar: "caramba, tem um monte de gente dizendo coisas interessantes e bem escritas", aos poucos vou me despindo dos preconceitos "internéticos". Quem sabe daqui a um tempo mudo de idéia e começarei a acreditar que as pessoas me lêem e levam a sério. Falta do que fazer - Ah, mas isso não é mesmo. Faculdade, estágio, tarefas caseiras, leituras atrasadas, etc, não me dão trégua. Gosto excessivo por modernidades - Custo a me acostumar com elas. Tenho até um pouco de medo. Mudanças velozes demais me dão vertigem.

Agora a segunda pergunta: por que de cinema? E música? Aí a resposta é bem mais simples. Porque esses são meus delírios prediletos. São meus vícios saudáveis. Cinema é vivência; ou melhor, é vida. As coisas que escrevo a esse respeito são mais do que intenção de parecer inteligente ou interessante. São sentimentos. São sonhos. São a intensidade de uma mobilização que sou covarde para fazer na vida real, até porque não existe representação dessa vida real melhor do que o cinema. E, se a maioria das pessoas despreza a minha opinião sobre o que ocorre nas telas, fora delas as minhas divagações tem a dimensão de um grão de areia (para os outros... para mim ela vale muito; mas entenda-se que isso não me incomoda tanto assim). Covardia... Taí, talvez isso seja a resposta para tudo. Música é bom demais para ser verdade. E ponto. Não todas, mas muitas delas fazem um bem inexplicável pra mim.

Com toda essa baboseira, quero que esteja claro que não vou escrever nada para aparentar uma sensibilidade maior do que a sua. É apenas o que sinto. E tento escrever isso da melhor forma possível, pode não ser tão bom assim, mas dá pro gasto. Quem gostar leia (e interaja, isso aqui também serve para isso; além de alimentar minha carência). Quem não gostar... leia outra coisa ou discorde/critique, só não me xingue por favor.
SE ALGUÉM REALMENTE FEZ ESSA LEITURA, ESSA FOI PARA VOCÊ: "COM AÇÚCAR, COM AFETO"

Grata, s'excuser pour l'excès de digression. E por favor apaguem a luz.

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6 comentários:

Zé Messias disse...

Que blog mais fofinho...o meu é infinitamente melhor, mas o seu é mais bem escrito...

Tamyres Matos disse...

Se isso realmente foi um elogio... Muito grata! rsrs

Igor Mello disse...

Caraca, filha! Me vi nessas palavras:

"E creio que não escrevo um livro (ou algo mais elaborado) porque não tenho grana, sou preguiçosa e/ou não sou tão culta assim (sem falsa modéstia, é só a verdade). (...) Gente, eu escrevia poesia e escondia no ensino fundamental..."

Eu não escrevo um livro exatamente pelas mesmas razões... E eu escrevo poesia e escondo até hoje, huahuahuahuah!

Comentando o texto em geral, algumas passagens me chamaram atenção(paradoxal, não?). Você escreve muito bem, disso não há dúvidas. Tem estilo, competência e qualidade... E superar a sensibilidade deste ou de qualquer leitor (sim, nós "te" lemos!) não é uma tarefa lá muito árdua pra você. Pessoa mais sensível é difícil de se encontrar.

Por último, fico com o afeto, mas do açúcar eu tô fugindo.. "A tua barriguinha não nega, braquelo..."

Unknown disse...

Pô vc é vc e ninguem poderá mudar sua essência por isso continue sendo vc mesma e q os outros q não gostem q te aturem hahahaha.
Beijundas

Unknown disse...

Pô vc é vc e ninguem poderá mudar sua essência por isso continue sendo vc mesma e q os outros q não gostem q te aturem hahahaha.
Beijundas

Unknown disse...

Eu vi uma mocinha expondo uma pesquisa sua, sobre a "publitização da vida privada". Daí ela citava, entre outros, orkut e blogs, onde os jovens "abriam" suas preferências, suas experiências, suas vidas para um grande e incerto número pessoas. A mocinha dizia que esses produtos poderiam servir a educadores como maneira de conhecer melhor seus alunos e talvez até pudessem ser usados como avaliação.
Não sei se isso ia pra frente, a exclusão digital tá aí. E também acho que a relação academica professores/alunos pode ser mais pessaol sem a necessidade de tanta tecnologia.
Acho que esses "produtos" são expresões do interior de seus autores... uma espécie de terapia, de auto-afirmação... admiro quem consegue expressar assim idéias e sentimentos... um jeito de se trabalhar.