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Grande Prêmio de Cinema Brasileiro 2010

De O Dia Online

Rio - As maiores estrelas da constelação cinematográfica e televisiva do país estiveram presentes na 9ª edição do Grande Prêmio de Cinema Brasileiro na noite do dia 8 de junho. A sétima arte produzida em português mostrou sua força e vocação para o sucesso em uma festa em traje de gala no teatro João Caetano. O grande evento começou às 21h – com a platéia praticamente lotada - e premiou os destaques de 2009 escolhidos pela Academia Brasileira de Cinema e também através de votação popular.

Na entrada do evento, algumas características deixavam claro que aquela seria uma festa cheia de estrelas: a presença de muitas pessoas na porta à espera de seus ídolos assim como a de integrantes do 'Pânico na TV' e do 'CQC', representados por Charles Henriquepédia e Danilo Gentili. Uma das personalidades mais festejadas foi Lília Cabral, que se destacou com a personagem Teresa, de 'Viver a Vida'.

Ao ser perguntada sobre seu sucesso no folhetim de Manoel Carlos deu o tom para tentar desvincular duas mídias tão entrelaçadas no Brasil, a TV e o cinema: “Hoje é um dia para prestigiar amigos e estou aqui para falar de cinema”. Mas acabou deixando escapar algumas coisas, como o plano de voltar às novelas já em 2011.

Outra atriz que chamou muita atenção e distribuiu sorrisos e gentilezas foi Andréa Beltrão, conhecida do grande público por interpretar a Marilda, de 'A Grande Família'. Aos gritos de “Marilda, você é linda”, ela contou que sente muita saudade da personagem, apesar de não acenar com a possibilidade de retornar ao seriado de maior sucesso da televisão brasileira. “Não tem como negar... é claro que sinto muitas saudades da Grande Família”, emocionou-se.

O brilho da cerimônia ficava cada vez mais evidente com a chegada de nomes fortes como Tony amos, Daniel Filho, Dan Stulbach, Daniel de Oliveira, Patrícia Pillar, Deborah Secco, Selton Mello, Maira Luisa Mendonça, entre muitos outros.

Cerimônia

A responsável por abrir a premiação foi a talentosa atriz Dira Paes. Com um discurso alinhado ao lema de que o melhor lugar para assistir filmes é a sala de cinema. Após anunciar que o evento era também uma homenagem especial aos exibidores, ela chamou os apresentadores da festa, os atores Murilo Rosa e Ingrid Guimarães.

Os mestres de cerimônia deram o tom que se espera para este tipo de evento e fizeram algumas brincadeiras no momento de anunciar os vencedores, principalmente da parte de Ingrid, famosa por seus personagens cômicos.

O maior vencedor foi o filme estrelado por Glória Pires, “É proibido fumar”, premiado em cinco categorias. Em uma das oportunidades em que subiu ao palco, a diretora paulista Anna Muylaert chegou a se definir como um “anão no meio de gigantes” por conta da visibilidade e – muitas vezes – bilheteria conquistada por seus oponentes. Parece que novamente prevaleceu a lógica de David e Golias.

Um dos pontos altos da cerimônia foi a homenagem a Anselmo Duarte, único diretor brasileiro a conquistar a Palma de Ouro no Festival de Cannes, com “O pagador de promessas”, que faleceu no ano passado. Glória Menezes, amiga pessoal de Anselmo e integrante do elenco do filme de 1962, leu um inspirado texto de Ignácio de Loyola Bransão – também amigo de Anselmo – de forma muito emocionada. Ao fim do texto, ela foi aplaudida de pé por todos os presentes ao teatro.

Outros momentos marcantes foram a declaração de amor que Tony Ramos – escolhido melhor ator – fez para sua mulher, com quem está casado à 42 anos, e quando Lília Cabral, ao ser premiada como melhor atriz por “Divã”, muito emocionada disse a um público completamente arrebatado por seu talento e carisma: “Agora posso dizer que faço cinema”.

Confira os vencedores do prêmio:

Curta-metragem de animação: "O menino que plantava invernos", Victor Hugo Borges
Curta-metragem de ficção: "Superbarroco", Renata Pinheiro
Curta-metragem de documentário: "De volta ao quarto 666", Gustavo Spolidoro
Figurino: Marília Carneiro, por "Tempos de paz"
Maquiagem: Martín Macias Trujillo
Direção de arte: Claudio Amaral Peixoto, por "Besouro"
Direção de Fotografia: Ricardo Della Rosa, por "À deriva"
Montagem de ficção: Paulo Sacramento, por "É proibido fumar"
Montagem de documentário: Karen Akerman, por "Simonal - ninguém sabe o duro que dei"
Efeitos visuais: Marcelo Siqueira, por "Besouro"
Som: Denilson Campos e Paulo Ricardo Nunes, por "Simonal - ninguém sabe o duro que dei"
Trilha sonora: Márcio Nigro, por "É proibido fumar"
Trilha sonora original: Berna Ceppas, por "Simonal - ninguém sabe o duro que dei"
Atriz coadjuvante: Denise Weinberg, por "Salve geral"
Ator coadjuvante: Chico Diaz, por "O contador de histórias"
Prêmio especial de preservação: Alice Gonzaga
Longa-metragem nacional de animação: "O grilo feliz e os insetos gigantes", de Walbercy Ribas e Rafael Ribas
Longa-metragem infantil: "O grilo feliz e os insetos gigantes", de Walbercy Ribas e Rafael Ribas
Longa-metragem estrangeiro: "Bastardos inglórios", de Quentin Tarantino
Roteiro adaptado: Bosco Brasil, por "Tempos de paz"
Roteiro original: Anna Muylaert, por "É proibido fumar"
Prêmio especial: Anselmo Duarte (1920-2009)
Longa-metragem de documentário: "Simonal - ninguém sabe o duro que dei"
Longa-metragem de ficção nacional (voto popular): "Se eu fosse você 2", de Daniel Filho
Longa-metragem de ficção estrangeiro (voto popular): "Avatar", de James Cameron
Melhor atriz: Lília Cabral, por "Divã"
Melhor ator: Tony Ramos, por "Se eu fosse você 2"
Melhor diretor: Anna Muylaert, por "É proibido fumar"
Melhor longa-metragem de ficção: "É proibido fumar", de Anna Muylaert

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