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As visões de Grimes

Grimes é o projeto de uma mulher só. A jovem canadense Claire Boucher, 24 anos, começou a se interessar por música eletrônica enquanto estava na faculdade, em Montreal. Rapidamente começou a gravar sons experimentais e imergir na cena de sua cidade. Em outro salto, Grimes gravou seu primeiro álbum e contabiliza três no currículo. O último, Visions, primeiro assinado por uma gravadora, foi lançado em janeiro deste ano.


Para compor o disco, Boucher ficou 9 dias isolada e relatou que, após o período, todas as canções tomaram forma e foram levemente lapidadas. Mesmo com dicas e dicas de amigos e o hype da imprensa estrangeira (melhor desconfiar), demorei para chegar até Grimes. Deveria ter feito isso antes. Se você está lendo isso, pode ir na fé.


Grimes se parece com um monte de coisas que nós já ouvimos. Todas as influências aparentes (eletro, r'n'b, j-pop, dream pop) se unem e a sensação de frescor é clara: estamos diante de algo novo. Mesmo com esse leque vasto, o disco é extremamente coeso. Músicas para pistas de dança? Estão lá. Músicas para viajar? Estão lá. Para dançar e viajar? Também. 

A voz de Boucher está nas entrelinhas, conduzindo ou fazendo cama para as batidas e os sintetizadores. Funciona e aí está a diferença. Como artistas de vozes únicas, ou você gosta muito ou odeia. As visões de Grimes são tortuosas algumas vezes, desfocadas em outras mas, principalmente, arrebatadoras. Vale a viagem.

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