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Lei de Talião levada a sério

ZONA DO CRIME

Narrativa tensa e bem construída. Tensão essa que tem como suporte a trilha sonora — com grande carga dramática — e a fotografia trepidante. Filmado em um lugar não muito longe daqui, no caso a Cidade do México, adquirimos uma familiaridade apreensiva. Com a temática atual, que tem como tese a violência, como antítese a repressão brutal e como síntese a ignorância na hora de lidar com as crises, Rodrigo Plá levou o prêmio de diretor estreante no Festival de Cinema de Veneza de 2008.

Quando se abre a porta do condomínio La Zona, nos reconhecemos ali; a miséria do lado de fora escancara as desigualdades existentes nos países da América Latina. A história gira em torno do universo paralelo. construído por conta do medo, que acaba originando um círculo de ilegalidades justificáveis. Aqueles que tentam realizar algo de acordo com as leis universalizantes acabam por se decepcionar com o sistema de corrupção que envolve toda a esfera do condomínio. Isso fica claro quando o delegado do crime em questão — ponto central da história — diz: “Pela primeira vez pensei que ia fazer o certo”.

A filosofia do “olho por olho, dente por dente” é levada ao pé da letra pelos seguranças do complexo residencial, que fazem justiça com as próprias mãos e subjugam a polícia e a opinião dos moradores discordantes

Essa sensação de impotência e insegurança, presente em cada parte das nossas vidas, é incisiva. Difícil é sair da sala de cinema sem indagar-se sobre o que deve ser feito em relação a tudo isso. Resta-nos a reflexão.

CRÉDITOS: UERJVIU

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