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Pecados Inocentes


Roteiro enfadonho para uma história explosiva

No início de “Pecados Inocentes”, já existe uma expectativa de quem sabe o fim da história — bem intenso, diga-se de passagem. Como o filme se baseia em história real e em livro homônimo, a relação incestuosa é uma tragédia anunciada.

O relacionamento entre as personagens da artista Barbara Daly (Julianne Moore) e do empresário Brooks Baekeland (Stephen Dillane), com todas as suas crises de diferenças morais e sociais, se torna mero pano de fundo para o clímax. No invólucro de convivência de Brooks — rico herdeiro do inventor da baquelita (tipo de material plástico), são citados nomes de destaque como Proust e Dalí.

Contada em seis episódios, cada um deles dizendo respeito a uma viagem diferente da família, a narrativa se mostra picotada demais. O cansaço então não é raro para quem assiste às passagens pela França, Espanha e Inglaterra — apesar da beleza dos cenários. A sensação que temos é de desapego, ou seja, não se cria um vínculo entre os espectadores e os elementos da história.

A atmosfera criada é realmente densa desde o começo, e a maior compensação, por conta dos pontos fracos do filme, é atuação de Julianne. Ela é brilhante ao construir uma personalidade complexa e inconstante — desenha-se assim uma linha tênue entre sanidade e loucura.

O filho de Bárbara, Tony Baekeland (Eddie Redmayne), se torna seu grande companheiro depois da separação com o marido. Essa proximidade quase dependente que eles mantêm origina uma série de circunstâncias perturbadoras, que explicam os aparentes distúrbios psicológicos e morais dos dois. Tudo parece muito confuso e prestes a desabar na convivência entre mãe, filho e os demais personagens, que são praticamente nulos de profundidade.

O conflito dramático estabelecido na trama central oferece um tom pesado e tenso que culmina em um final previsto. Mas que nem por isso deixa de ser chocante.

CRÉDITOS: UERJVIU

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1 comentários:

Unknown disse...

Eu gostei da discrição das atitudes psicológicas dos personagens o descreve em cada atitude envolvida pela ação psicológica do filme e em termos que foram usados para descrições do filme couberam como uma luva.